domingo, 22 de abril de 2012

Feliz 103 anos Rita Levi-Montalcini

Fotografia da página oficial do Prêmio Nobel (aqui).

Post de Aldina Barral

Hoje a Dra. Rita Levi-Montalcini, recebedora do Nobel em 1986, completa 103 anos. Os seus cem anos foram comemorados pelo Totum  (Uma mulher admirável).
Ela não está em casa descansando… Ela continua trabalhando no European Brain Research Institute, Rita Levi-Montalcini Foundation e acaba de publicar mais um trabalho no PNAS como última autora (Nerve growth factor regulates axial rotation during early stages of chick embryo development. PNAS February 7, 2012 vol. 109. PNAS February 7, 2012 vol. 109. doi: 0.1073/pnas.1121138109). Além disto, é bastante ativa em causas sociais.  A sua  Fondazione Rita Levi-Montalcini Onlus  Un futuro alle donne africane, il futuro ai giovani  financia projetos de apoio a mulheres na África.
As suas primeiras publicações registradas no PubMed são de 1947. Publicar no PNAS é usual para ela, com este artigo de 2012 já são 23 os artigos lá, a partir do primeiro em 1954.

Um fato interessante é que a Dra. Levi-Montalcino esteve um período no Brasil, no Instituto de Biofísica da UFRJ. Veio trabalhar com cultura de tecido com outra pesquisadora brilhante e longeva, a Dra. Hertha Meyer, com quem publicou um trabalho (In vitro experiments on the effects of mouse sarcomas 180 and 37 on the spinal and sympathetic ganglia of the chick embryo.


LEVI-MONTALCINI R, MEYER H, HAMBURGER V., Cancer Res. 1954 Jan;14(1):49-57) 
“Rita postulou que esse sarcoma poderia produzir fatores tumorais semelhantes aos que eram normalmente deflagrados pelos tecidos-alvo dos neurônios de gânglios sensoriais e simpáticos. Para provar sua hipótese, colocou dois camundongos com tumores de sarcoma no bolso do casaco e embarcou para o Brasil com uma bolsa de estudos da Fundação Rockefeller para testar sua tese in vitro no laboratório da amiga Hertha Meyer, no Instituto de Biofísica. Na manhã de 2 de novembro de 1952, Rita escreveu: “O ainda desconhecido fator revelou-se de maneira tão glamurosa que deixou a todos sem ar, como se tivéssemos presenciado uma aparição milagrosa”. Segundo ela, “em poucas horas de cultivo, surgiu um magnífico halo de fibras nervosas em torno do gânglio”.” (aqui)
Também é interessante notar que ela fez parte uma turma brilhante: “entered medical school in Turin. Two of my university colleagues and close friends, Salvador Luria and Renato Dulbecco, were to receive the Nobel Prize in Physiology or Medicine, respectively, seventeen and eleven years before I would receive the same most prestigious award. All three of us were students of the famous Italian histologist, Giuseppe Levi. We are indebted to him for a superb training in biological science, and for having learned to approach scientific problems in a most rigorous way at a time when such an approach was still unusual.”como indicado no seu discurso no Nobel.

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