terça-feira, 19 de julho de 2011

Stage-specific pathways of Leishmania infatum chagasi entry and phagosome maturation in macrophages

Post de Sarah Falcão (LIP-CPqGM/FIOCRUZ)

ResearchBlogging.org

Leishmania apresenta estágios do ciclo de vida distintos. Durante o repasto sangüíneo o flebótomo inocula promastigotas na pele do hospedeiro mamífero, estes são fagocitados por macrófagos e convertidos em amastigotas. Nos macrófagos (MØ) há microdomínios ricos em colesterol e proteína caveolina que já foi demonstrado ser utilizado como entrada para patógenos. Além disso, já foi demonstrado que as promastigotas são capazes de atrasar a fusão dos endossomos com os lisossomos após a sua fagocitose. A hipótese deste trabalho é que promastigotas e amastigotas diferem na habilidade de usar microdomínios ricos em colesterol para entrar nos macrófagos, na maturação dos fagossomos e sobrevivência celular. Inicialmente, foram infectados macrófagos MβCD que tiveram o colesterol depletado, com promastigotas WT (L. chagasi) e foi visto uma significante redução do número de promastigotas nos MØs após 1 a 72hs. Em seguida, o mesmo ensaio foi feito com promastigotas opsonizadas com soro de camundongo C5-deficiente para ver se CR3 dos MØs era importante para sua entrada nos macrófagos na ausência de colesterol, contudo, a quantidade de promastigotas continuou baixa com a ausência de colesterol. O mesmo foi feito com amastigotas, mas a depleção do colesterol só reduziu o número de amastigotas com 72hs e a com a opsonização não houve diferença. Utilizando microscopia confocal, os parasitas foram marcados com CFSE e foi visualizada a co-localização com a caveolina, assim, eles mostraram que as promastigotas utilizam esses microdomínios para a entrada nos MØs, enquanto que o mesmo não foi visto com as amastigotas. Marcando EEA-1, um antígeno de endossomo inicial, após 5 minutos e 2 horas, as amastigotas foram encontradas dentro de endossomos iniciais, enquanto que as promastigotas não eram co-localizadas com EEA-1. O mesmo foi observado com outro marcador de endossomo inicial, o Rab5, após 30 minutos. Posteriormente, foram marcados LAMP-1, um marcador de endossomo tardio e lisossomo, e foi observada que promastigotas após 1h não estão presentes nesses endossomos tardios, apenas foram vistos após 24hs, mostrando que as promastigotas, de fato, conseguem retardar a fusão do endossomo com o lisossomo. Entretanto, as amastigotas com 1h e 24hs já se encontravam presentes nos fagolisossomos. Após marcações do DNA e LAMP-1 de macrófagos MβCD, foi observado que as promastigotas após 1h de infecção, já se encontravam nos fagolissomos, indicando que na ausência do colesterol, as promastigotas perdem a capacidade de retardar a fusão do endossomo com o lisossomo. Além disso, nas amastigotas, na presença ou ausência do colesterol, foram igualmente encontradas nos fagolissomos. Este trabalho conclui que as promastigotas utilizam microdomínios ricos em colesterol para entrar nos macrófagos e, essa via de entrada possibilita que haja o atraso da formação dos fagolissomos. Por sua vez, as amastigotas entram nos MØs por uma via diferente e, não provocam o atraso na maturação dos endossomos.




Rodríguez NE, Gaur Dixit U, Allen LA, & Wilson ME (2011). Stage-specific pathways of Leishmania infantum chagasi entry and phagosome maturation in macrophages. PloS one, 6 (4) PMID: 21552562

Nenhum comentário:

Postar um comentário