quinta-feira, 26 de maio de 2011

Uso de máscara e infecção respiratória entre profissionais de saúde de Pequim, China


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Fonte: H1N1: Protecting Healthcare Workers. National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH) Science Blog.


Post de Sheila Sotelino da Rocha


ResearchBlogging.org

As estratégias utilizadas para o controle do risco de disseminação de doenças infecciosas têm sido intensificadas em escala global. Entretanto, apesar dos avanços da ciência e da tecnologia em saúde, voltados para a melhoria dos processos, produtos e procedimentos de intervenção, poucos estudos são realizados nas instituições de saúde com o propósito de conhecer e avaliar a implantação de medidas destinadas a esse controle e sua aplicação na busca de melhores condutas de saúde pública.

A relevância desse artigo está no reconhecimento desse fato e da importância da sensibilização dos profissionais de saúde para a adesão a procedimentos capazes de conferir proteção não só para sua própria saúde como contribuir na contenção da transmissão de doenças nos ambientes hospitalares.

Neste estudo realizado em oito hospitais de Pequim, China, durante o inverno de 2007/2008, período de gripe sazonal naquela região, buscou-se determinar as taxas de uso de máscaras por trabalhadores de saúde, associando-se fatores relacionados a esse uso com episódios de infecção respiratória. Foram analisadas por questionário questões relativas a características demográficas, tipo de ocupação e função clínica, atitude e adesão ao uso de máscara, tipos de máscara usada, freqüência de lavagem das mãos, vacinação contra a gripe sazonal e episódios de infecções respiratórias.

A pesquisa apontou uma alta adesão ao uso de máscaras por parte dos profissionais de saúde (70%, 280/400) e atribuiu esse resultado a uma melhor consciência desses profissionais em relação a procedimentos preventivos e a um maior rigor na gestão do controle de infecções hospitalares após o surto da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) ocorrida em Pequim em 2003. Os profissionais em nível junior e intermediário apresentaram maiores taxas de adesão do que os de nível sênior (Tabela 3). O uso de máscaras e a lavagem frequente das mãos foram associadas a proteção contra a influenza (Tabela 4).

Apesar das limitações apresentadas pelo próprio estudo, inclusive o fato de se basear em informações auto-reportadas, vale ressaltar que esta foi uma primeira estimativa quantitativa relacionando procedimento de prevenção (uso de máscara) e episódio de doença (infecção respiratória) em profissionais de saúde de Pequim após o surto de SARS de 2003.

Referência:

Yang, P., Seale, H., MacIntyre, C., Zhang, H., Zhang, Z., Zhang, Y., Wang, X., Li, X., Pang, X., & Wang, Q. (2011). Mask-wearing and respiratory infection in healthcare workers in Beijing, China Brazilian Journal of Infectious Diseases, 15 (2), 102-108 DOI: 10.1590/S1413-86702011000200002

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