quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Acompanhamento “ao vivo” da infecção por Leishmania


ResearchBlogging.org
Post de Leonardo Arruda e Daniel Abánades
Métodos que permitam um melhor acompanhamento do curso da infecção por Leishmania (tanto cutânea quanto visceral) e que estejam associados à resposta imunológica do hospedeiro no sítio da infecção são de grande interesse. No artigo publicado na Cellular Microbiology em 2010, intitulado “A combined luciferase imaging and reverse transcription polymerase chain reaction assay for the study of Leishmania amastigote burden and correlated mouse tissue transcript fluctuations” (2011 13: 81-91. doi: 10.1111/j.1462-5822.2010.01521.x) foi demonstrada uma nova abordagem para esta questão. 
Para a quantificação da carga parasitária no curso da infecção, os autores combinaram duas técnicas: Biolumenescência, utilizando parasitas expressando o gene repórter da luciferase associado à imagem in vivo, e quantificação por RT-PCR do ssrRNA de Leishmania no RNA total extraído dos tecidos infectados. As técnicas mostraram uma correlação muito boa e em ambos os casos foi demonstrado uma alta sensibilidade para a determinação da carga parasitária durante a infecção. Foi possível inclusive quantificar parasitas desde os primeiros momentos da infecção sem perda da sensibilidade.
Uma das utilidades da metodologia proposta pelos autores é a possibilidade da quantificação por RT-PCR de RNAs específicos do hospedeiro expressados no lugar da infecção. Desta forma, sobre a mesma amostra de RNA total extraída do sítio da infecção (determinado por bioluminescência) e utilizada para a quantificação da carga parasitária, foi possível quantificar as flutuações nos níveis de RNAs relacionados com o curso da infecção. Exemplo disso pode ser observado no gráfico, onde os níveis de mRNA-CD3ε, marcador de linfócitos T, foram avaliados em orelha e linfonodo drenante nos primeiros meses após infecção de camundongos C57BL/6 com L. major expressando luciferase. No mesmo gráfico também é possível observar que os níveis de luminescência detectados na orelha dos camundongos correlacionam com a carga parasitária deste lugar.

de La Llave, E., Lecoeur, H., Besse, A., Milon, G., Prina, E., & Lang, T. (2011). A combined luciferase imaging and reverse transcription polymerase chain reaction assay for the study of Leishmania amastigote burden and correlated mouse tissue transcript fluctuations Cellular Microbiology, 13 (1), 81-91 DOI: 10.1111/j.1462-5822.2010.01521.x

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