terça-feira, 23 de março de 2010

Marcadores moleculares de exposição a picadas de flebótomos e seu uso com moléculas recombinantes na área endêmica. Trabalhos do LIP e LIMI


ResearchBlogging.org
Acabam de sair dois trabalhos do LIP e LIMI sobre a resposta do hospedeiro vertebrado às picadas de flebótomos e como esta resposta pode ser utilizada como marcador epidemiológico de exposição. Todos os dois trabalhos resultam de intensa colaboração, entre os laboratórios LIP e LIMI, com os parceiros nacionais do Maranhão e do Piauí, e com colaboradores internacionais, dos EEUU e da Espanha. Há de se registrar também a continuada colaboração com colegas que fizeram doutoramento no LIMI e LIP.
No primeiro trabalho, com Clarissa Teixeira como primeira autora, (Discovery of Markers of Exposure Specific to Bites of Lutzomyia longipalpis, the Vector of Leishmania infantum chagasi in Latin America. PLoS Negl Trop Dis 4(3): e638. doi:10.1371/journal.pntd.0000638) são descritos alguns marcadores de exposição específicos para a Lu. longipalpis

Há produtos capazes de funcionar como marcadores no homem e no cão:
“Salivary recombinant proteins are of value as markers of vector exposure. In humans, LJM17 and LJM11 emerged as potential markers of specific exposure to Lu. longipalpis, the vector of Leishmania infantum chagasi in Latin America. In dogs, LJM17, LJM11, LJL13, LJL23, and LJL143 emerged as potential markers of sand fly exposure. Testing these recombinant proteins in large scale studies will validate their usefulness as specific markers of Lu. longipalpis exposure in humans and of sand fly exposure in dogs.”
O passo seguinte seria testar estes marcadores recombinantes em estudos populacionais com amostras maiores.  Este é justamente o trabalho que foi publicado no mesmo número da revista.
O trabalho de Ana Paula (Using Recombinant Proteins from Lutzomyia longipalpis Saliva to Estimate Human Vector Exposure in Visceral Leishmaniasis Endemic Areas PLoS Negl Trop Dis 4(3): e649. doi:10.1371/journal.pntd.0000649), usa populações com diversas características e de diferentes áreas endêmicas para avaliar a utilidade destes marcadores na população e conclui que:
“Our results show the possibility of substituting Lu. longipalpis SGS for two recombinant proteins, LJM17 and LJM11, in order to probe for vector exposure in individuals residing in endemic areas.”
Os resultados são promissores para uso, pois não há reação cruzada com a resposta anti-Lutzomyia intermedia (figura abaixo). 


Teixeira, C., Gomes, R., Collin, N., Reynoso, D., Jochim, R., Oliveira, F., Seitz, A., Elnaiem, D., Caldas, A., de Souza, A., Brodskyn, C., de Oliveira, C., Mendonca, I., Costa, C., Volf, P., Barral, A., Kamhawi, S., & Valenzuela, J. (2010). Discovery of Markers of Exposure Specific to Bites of Lutzomyia longipalpis, the Vector of Leishmania infantum chagasi in Latin America PLoS Neglected Tropical Diseases, 4 (3) DOI: 10.1371/journal.pntd.0000638

Souza, A., Andrade, B., Aquino, D., Entringer, P., Miranda, J., Alcantara, R., Ruiz, D., Soto, M., Teixeira, C., Valenzuela, J., de Oliveira, C., Brodskyn, C., Barral-Netto, M., & Barral, A. (2010). Using Recombinant Proteins from Lutzomyia longipalpis Saliva to Estimate Human Vector Exposure in Visceral Leishmaniasis Endemic Areas PLoS Neglected Tropical Diseases, 4 (3) DOI: 10.1371/journal.pntd.0000649

Um comentário:

  1. Parabéns ao grupo por estes papers que refletem um trabalho sólido de décadas que envolverão diferentes estudantes de PG e colaborações internacionais. A formação de pessoal qualificado bem como as perguntas interessantes levantadas com certeza contribuirão para o campo e ciência brasileira.

    A. Bafica

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