segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Brasil lidera os emergentes no combate à fome

Post de Sérgio Arruda

Neste 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, mais de 1 bilhão de pessoas no mundo estão passando fome. A ActionAid está lançando o relatório Quem está combatendo a fome? onde também classifica os países em um placar do combate à fome.

O Brasil está no topo da lista dos países em desenvolvimento que tem conseguido cumprir a meta do milênio, estabelecida com dados do ano 2000, de reduzir o número de pessoas com fome pela metade até 2015. Veja aqui tabela dos países em desenvolvimento.

Alguns países em desenvolvimento fizeram avanços significativos com políticas corretas e forte apoio do governo. Nesse sentido, o apoio à agricultura familiar é fundamental, assim como são também as políticas de bem estar social, garantindo os direitos das mulheres à terra e o de todas as pessoas à alimentação.pastedGraphic.pdf

O relatório mostra que as políticas dos países desenvolvidos estão solapando a capacidade dos países em desenvolvimento de alimentar suas populações. Veja aqui a tabela dos países desenvolvidos.

Além disso, revela que a maioria dos países ricos estão renegando seus compromissos de investir no enfrentamento da fome de forma mais ambiciosa. Os países ricos devem investir mais na agricultura familiar e medidas de proteção social.

“Os avanços no Brasil são importantes, mas é preciso aprimorá-los ainda mais com um melhor integração entre os diferentes sistemas de proteção social como saúde (SUS), assistência social (SUAS) e segurança alimentar (SISAN)”, ressalta Rosana Heringer, coordenadora executiva da ActionAid.

Uma das medidas reconhecidas internacionalmente como bem sucedidas é o Bolsa Família. Mas se a medida tira as pessoas da situação de miséria, ele por si só não tem o poder de eliminar a pobreza.


A PNAD de 2008 (IBGE) mostra que apesar do aumento do nível de emprego com carteira assinada (2,8% a mais que em 2007, ou 92,4 milhões de pessoas) a desigualdade permanece. A renda média dos 10% mais ricos ainda é 12 vezes superior a dos mais pobres.

“O beneficiário do Bolsa Família, por exemplo, é beneficiário do SUS. E estudos mostram que esse beneficiário usa o recurso do Bolsa Familia para comprar remédios, além de comida, material escolar, transporte, etc. Ou seja, o cruzamento e integração desses programas é fundamental para permitir um melhor atendimento esse beneficiário. E, acima de tudo, é preciso construir capital humano. O melhor acesso à educação pública de qualidade para todos é a melhor garantia de desenvolvimento e combate à pobreza”, completa Heringer.


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