sexta-feira, 12 de junho de 2009

Por que os economistas erram tanto?

Post de Sérgio Arruda

A frase não é minha, mas a cada dia se confirma.


Leia o artigo com este título. De novo repetiu, erraram as previsões. O PIB do Brasil caiu somente 0,8%, no primeiro trimestre deste ano. Foi mesmo uma marolinha que chegou ao Brasil, com disse Lula. Comparada a Tsunami em outras praias.


Os economistas mais otimistas previam uma queda maior do que 3. E eles erraram de novo.


Segundo os economistas, a economia brasileira havia entrado na UTI da recessão econômica. Agora os números revelam que nem chegamos a semi-UTI. Diferente de outros países, incluindo Estados Unidos, gerador da crise, e União Européia, que foram e ainda continuam na UTI.


Na prática, muita dessa queda no nosso PIB foi gerada pelo pânico e covardia desnecessária de alguns. Claro que a Bolsa caiu, dos quase 70000 pontos para 44000, mas bolsas de valores vivem e lucram com o pânico, não é economia real.

Hoje a bolsa de SP (iBOVESPA) já recuperou, ficando nos últimos dias acima de 52000.

O Brasil aprendeu e ajustou sua economia após anos de sofrimento e empobrecimento com a inflação. A independência do Banco Central parece ser fundamental para essa estabilidade.


A crise econômica teve origem no sistema financeiro americano e se espalhou pelo sistema bancário internacional.


Diferentemente de outros países onde os caixas ficaram sem dinheiro e os depósitos nas contas zeraram. A exemplo, dos Estados Unidos e Inglaterra, obrigando os governos a cobrir o rombo, emprestando de urgência bilhões aos bancos para garantir os correntistas e evitar a falência.


Por aqui os bancos não se abalaram. E quando foi necessário o Banco Central (BC) liberou os depósitos compulsórios. Essa reserva que o (BC) mantém como garantia, provou ser eficiente em momentos como esses. Mas isso também nem foi tão necessário, pois somente pequenos bancos solicitaram


Lula no auge da crise soltou uma frase de efeito, nós do Brasil, sempre sujeitos a opiniões e conselhos econômicos de organizações estrangeiras, como FMI, Standard Poors e outros que calculam “risco” afirmou ...Os Estados Unidos faliram com risco zero. Talvez você não tenha a real concepção de quanto essas agências influenciaram investimentos e o tamanho dos prejuízos causados aos investidores e também, por anos, ao Brasil. Opiniões de economistas.


Os dados do IBGE revelam que se houve uma “recessão” ela só chegou para uma minoria, pois 60% do PIB é dado pelo setor de serviços que não caiu nos dois trimestres, pelo contrario aumentou. A massa salarial também foi 5,2% maior. O consumo das famílias que caiu 1,8% no final de 2008, agora subiu 0,7%.


Se a discussão dos economistas agora for sobre recessão já passada, confirma apenas que economistas fazem previsões olhando pelo retrovisor.


A economia é real e agora.


O Brasil emprestou U$ 10 bilhões ao FMI, Os juros SELIC foram reduzidos para 9,25%, as menores taxas da história. Temos a inflação controlada.


Temos, sim problemas e ainda muitos a corrigir, mas fazer apologia do quanto pior melhor não deve ser o discurso. Mas se for, vai ficar mal para quem o fizer.


O Brasil vai achando seu caminho. O crescimento econômico é nosso destino, mesmo com tantos obstáculos ainda pela frente.


Se você discorda dessa opinião observe... quantos carros novos, engarrafados pelas ruas, é claro, as construções surgindo de todos os lados, os shoppings e supermercados cheios. Isso é recessão?


Se desejar ouvir conselhos de economistas, tudo bem, mas lembre-se eles erram.


É melhor ler o blog escrito por quem não é economista.


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Texto de Barral

Após receber o texto de Sérgio, enviado ontem, vi o artigo do Economist Ready to roll again (de hoje, Jun 11th 2009) que fala sobre a recuperação do Brasil. Inicia com uma ironia com o governo anterior. Diz que a frase “Nunca antes neste país” usada pelo Presidente irrita mais a oposição porque ele quase sempre está certo.

E termina com:

“... Brazil’s never-before situation is leading to an uncharacteristic outbreak of long-termism. Bradesco, a large bank, has started to offer 30-year mortgages, something that would have been unthinkable a short time ago. Maílson da Nóbrega, a former finance minister, expects lower interest rates to bring a rapid expansion of mortgage finance, which at present amounts to just one percent of GDP.

Good things of this kind could still be delayed by a fresh outbreak of gloom abroad. But the debate is really about when they happen, rather than if—a testament to hard-won progress.”


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